O PARAÍSO INFERNAL
Ubiratan Iorio
(Artigo do Mês - Ano VI - Nº 65 – Agosto de 2007)
É sempre assim. Em todas as competições esportivas internacionais de que Cuba participa, atletas daquele país escafedem-se da concentração, desaparecem por algum tempo e depois pedem asilo político ao país que organiza o evento. Nos Jogos Pan-Americanos recentemente realizados no Rio não poderia ser diferente, a ponto do ditador-irmão, Raul Castro, após mais algumas dessas fugas, ter ordenado que a delegação cubana antecipasse o seu retorno ao país, embora, naturalmente, negue com veemência a medida. É óbvio que tem que negar, para não passar um atestado que todos os que sabem pensar por conta própria sabem que é verdadeiro.
Porque o paraíso cubano, com todas as letras, é um falso Éden, está mais para um presídio leteu, do Letes, um dos cinco rios do Inferno mitológico.